"Vamos preservar para que nossos prescendentes possam admirar"

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Rio+20 - fechamento da conferencia


É de decepção o sentimento no fechamento da Rio+20
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, chega nesta sexta-feira ao seu 10º e último dia sob o clima da insatisfação. De chefes de Estado e de Governo aos mais diversos movimentos sociais, o sentimento expresso no Rio de Janeiro é de decepção com os resultados pouco efetivos do documento final. Em meio a críticas, o governo brasileiro e a ONU defendem consenso do texto construído pelos negociadores por meses, mas que chegou ao encontro com pouquíssimos pontos acordados.

Ao participar do Fórum de Mulheres Líderes, a presidente Dilma Rousseff voltou a defender o documento final elaborado pela ONU, ressaltando que é fruto do consenso e que é importante obter-se textos únicos. Mesmo assim, foi criticada pela supressão da expressão “direito reprodutivo das mulheres” do documento, cedendo a pressões do Vaticano. Por isso mesmo, Dilma elogiou a presidente da ONU Mulheres, a ex-presidente do Chile Michele Bachelet, por ter conseguido tirar um documento único das mulheres, com consenso de todos os países, respeitando as diversidades.

Depois de discursar na quarta-feira falando que esperava que o documento final fosse mais ambicioso, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, voltou atrás, e frente ao descontentamento de Dilma, convocou a imprensa nesta quinta-feira para dizer que o texto conclusivo já era sim “ambicioso”, além de “amplo e prático”. Ban Ki-moon aproveitou para cobrir a presidente Dilma e sua equipe diplomática de elogios, num momento em que as críticas generalizadas ao documento final causam desconforto no governo brasileiro. “Seria justo para a população brasileira saber qual foi a contribuição que o Brasil teve para o sucesso da Rio+20”, disse, acrescentando que “este é um documento final contendo pacotes amplos, ambiciosos e práticos para o desenvolvimento sustentável, garantindo os três pilares dos nossos objetivos - equidade social, desenvolvimento econômico e sustentabilidade ambiental”.

Segundo fontes diplomáticas, a irritação do governo brasileiro foi transmitida de forma “pouco suave” à ONU, e partiu principalmente da presidente Dilma Rousseff. Na ONU, há certo desconforto com a situação. A visão é de que a diplomacia brasileira conseguiu de fato um grande feito em fechar em dois ou três dias um documento que vinha sendo debatido pelos países, com um enorme número de discordâncias, por meses. Há genuína admiração pelo trabalho do Itamaraty. Por outro lado, a percepção é de que seria impossível, mesmo para a hábil diplomacia brasileira, resolver um número tão grande de contenciosos sem reduzir a substância e a ambição do texto. A timidez do documento final é uma conclusão quase unânime, variando apenas o grau da crítica - muito mais ácida no caso das ONGs, atenuada e buscando aspectos positivos no caso dos governos que vão assinar o texto.

Um experiente diplomata lembrou que o ex-presidente Lula propôs a realização da Rio+20 em 2007, quando o mundo estava no ápice do boom econômico, e havia um otimismo generalizado. A conferência em si, porém, acabou sendo realizada na esteira da crise econômica, o que reduziu muito a disposição de financiamento dos países ricos. Isso, por sua vez, tornou o ambiente de negociação mais recriminatório e menos propenso a se alcançar a tão almejada ambição.

Movimentos sociais apresentam sugestões ao texto final da Rio+20

Enquanto chefes de Estado e de Governo participavam dos debates no Riocentro, grupos inconformados com os rumos das discussões oficiais e com o documento final que os líderes vão assinar ao fim do encontro reivindicavam maior participação social nas decisões. As organizações não-governamentais (ONGs) divulgaram uma carta de repúdio aos resultados diplomáticos da conferência. O texto é assinado por ícones do movimento ambientalista, como o cientista Thomas Lovejoy e a ex-ministra Marina Silva. O documento acordado entre os países para ser aprovado na plenária final da Rio+20 é classificado como “fraco e muito aquém do espírito e dos avanços conquistados nestes últimos 20 anos, desde a Rio-92”.

Do lado de fora do pavilhão onde ocorre o encontro das lideranças mundiais, integrantes de diversos movimentos sociais se reuniram e decidiram fazer uma retirada simbólica da conferência. Segurando faixas e cartazes, eles deixaram o local na tarde de quinta-feira e, em coro, diziam: “o futuro que nós queremos não está aqui”.

Um grupo de cerca de 400 índios tentou entregar uma declaração de cinco páginas em que expressam sua opinião em relação à Rio+20. O chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, ministro Gilberto Carvalho, foi ao encontro dos índios e recebeu uma cópia do documento. O grupo se dispersou e voltou aos ônibus depois do encontro com o ministro. Entre as propostas apresentadas figuram “a proteção dos direitos territoriais indígenas, o fim da impunidade dos assassinos e perseguidores das lideranças indígenas, o fim da criminalização das lideranças indígenas; a ampliação dos territórios indígenas; o monitoramento transparente e independente das bacias hidrográficas; o reconhecimento e fortalecimento do papel dos indígenas na proteção dos biomas; e a melhora das condições de saúde dos povos indígenas”.

Cúpula dos Povos contesta modelo atual e ideia de economia verde

A Cúpula dos Povos apresenta na sexta-feira ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o seu documento final em que resume as discussões no Aterro do Flamengo desde a semana passada. O texto, assinado pelas mais de 70 organizações, refuta, em especial, as resoluções da Rio+20. “Nós da sociedade civil lamentamos, mas o documento da ONU é fraco, medroso e não avança no sentido de uma sociedade mais justa”, afirma Iara Pietricovsky, do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc).

O documento é resultado de cinco plenárias organizadas em torno dos temas soberania alimentar, trabalho, energia e empresas extrativistas, defesa dos bens comuns e justiça social. Além do consenso contra a Rio+20, a cúpula contesta a ideia de economia verde e o atual modelo de desenvolvimento. “Nós defendemos um modelo que significa uma crítica frontal à mercantilização e à financeirização da vida”, explica Iara.

A Cúpula dos Povos também propõe uma agenda de mobilização para além da Rio+20. “Não queremos apenas fazer uma análise, mas apresentar propostas para melhorar a situação da população”, completa a chilena Marcela Escribano, do grupo de articulação da cúpula.
fonte desta noticia:
veja mais detalhes Jornal do Comércio:http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=96600

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Rio+20 - documento deve ser finalizado hoje


Documento da Rio+20 deve ser finalizado hoje, excluindo polêmicas e detalhes sobre recursos | Agência Brasil
Renata Giraldi e Carolina Gonçalves


Enviadas Especiais

Rio de Janeiro - Os negociadores brasileiros e estrangeiros na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, querem fechar até o fim da noite de hoje (18) o texto final. Três sessões de trabalho, começando às 10h e seguindo até as 22h, estão programadas. A tendência, segundo eles, é excluir as propostas conflitantes, como está no rascunho fechado sábado (16), e manter recomendações gerais.

Chefiados pela delegação do Brasil, os representantes de 193 países se dedicam a elaborar um texto conciso, preciso, claro e abrangente, de acordo com os negociadores. Até o começo da conferência, o documento tinha 200 páginas, depois passou para 80 e há três dias foi resumido a 50.

O secretário executivo da Rio+20, Luiz Alberto Figueiredo Machado, negou ontem a hipótese de que um documento sem conclusões seja entregue aos 115 chefes de Estado e de Governo, no próximo dia 20. De acordo com ele, há apelos de várias delegações para que um texto negociado chegue às mãos dos líderes para que discutam os assuntos de forma ampla.

No entanto, até ontem (17) a noite as divergências permaneciam, principalmente sobre as questões envolvendo definições de recursos, metas específicas, o conceito de economia verde e a transformação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) em organismo autônomo.

Os países desenvolvidos, liderados pelos Estados Unidos, o Canadá, a Austrália e o Japão, alegam dificuldades internas causadas por numerosos fatores, inclusive a crise econômica internacional, para assumir responsabilidades pontuais com o repasse de recursos. Desde sábado, foi retirada a discussão sobre a criação de um fundo, de US$ 30 bilhões, para garantir a execução de propostas relativas ao desenvolvimento sustentável.

Também há divergências sobre as propostas referentes à proteção dos oceanos, pois os norte-americanos resistem à regulação de águas internacionais, alegando questões de segurança interna. Mas o embaixador brasileiro disse que é possível ainda buscar um consenso e incluir o tema no texto a ser finalizado hoje.

No rascunho de 50 páginas obtido pela Agência Brasil, foram excluídos os assuntos polêmicos e mantidas as recomendações gerais sobre o desenvolvimento sustentável com inclusão social e erradição da pobreza e da fome. Para a delegação brasileira, o texto apresenta avanços. 'O texto não só impede retrocessos como traz avanços em várias áreas, como criar objetivos de desenvolvimento sustentável', disse o embaixador. 'Isso não é pouca coisa.'

Edição: Graça Adjuto

terça-feira, 12 de junho de 2012

Entenda a Rio +20

 Rodolfo Moreira | 12 junho, 2012

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Para o governo brasileiro, o debate mundial propiciado pela Rio+20 poderá aproximar 
países desenvolvidos e em desenvolvimento para adoção de estratégias globais focadas na superação
da pobreza e na geração de empregos, por exemplo 
Crédito: DivulgaçãoA Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, terá como principal objetivo discutir a agenda mundial do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas.

Durante os debates, os participantes vão revisitar as principais recomendações, os protocolos e convenções acordados a partir daRio 92, analisar ações a serem implementadas e abordar novos desafios. Após as discussões, a conferência buscará renovar oficialmente o comprometimento político dos países participantes com o desenvolvimento sustentável.

A proposta brasileira de sediar o evento foi aprovada pela 64ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em 2009. Os dois temas principais da Conferência serão: a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza, e a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável. “Para o Brasil, esses dois temas ensejam reflexões e encaminhamentos altamente relevantes para o debate internacional sobre desenvolvimento sustentável”, afirma o assessor extraordinário do Ministério do Meio Ambiente para a Rio+20, Fernando Lyrio.

O evento é o quarto de uma série de grandes encontros que se iniciaram em 1972, em Estocolmo (Suécia), com a Conferência das Nações Unidas sobre o Homem e o Meio Ambiente, passando pela Rio-92, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992, e pela Rio+10, a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, realizada em Joanesburgo (África do Sul), em 2002. 

Para Lyrio, a mudança dos títulos dessas conferências ilustra a evolução conceitual pela qual passaram as questões ambientais no mundo, ao mesmo tempo em que cristaliza a definição do desenvolvimento sustentável, ou seja, satisfazer as necessidades do presente, sem comprometer a capacidade das futuras gerações de atender as suas próprias necessidades.

No tema da economia verde, interessa ao Brasil que o debate possa propiciar maior aproximação entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, por meio da adoção de estratégias globais focadas na erradicação da pobreza, na diminuição de desigualdades, na geração de empregos, em padrões produtivos menos intensivos em carbono, no incremento no uso de energias renováveis e na transferência de tecnologias apropriadas para os países em desenvolvimento. 

Para isso, o governo brasileiro pretende aprovar na Rio+20 a criação de um conselho de desenvolvimento sustentável da ONU, com poder político para enviar os sinais adequados à comunidade internacional, bem como fortalecer o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), para que o órgão possa ter condições mais adequadas para cumprir seu papel de responder aos grandes desafios globais na área ambiental. 

Entre as outras propostas brasileiras está a reforma da Comissão sobre Desenvolvimento Sustentável (CDS), com o objetivo de reforçar seu papel de coordenação entre representantes dos países e da sociedade civil e, ao mesmo tempo, aperfeiçoar sua capacidade de monitorar a implementação da Agenda 21 no País, adotada durante a Rio 92. 

por Portal Brasil

Fontes:
Ministério do Meio Ambiente

Ministério das Relações Exteriores

terça-feira, 5 de junho de 2012

Dia do Meio Ambiente - 5 de junho

Organização / Agência: United Nations Environment Programme (UNEP) Comemorado anualmente em 5 de Junho, Dia Mundial do Ambiente é um dos principais veículos através dos quais as Nações Unidas estimula a consciência mundial do meio ambiente e melhora a atenção e ação política.
 O objetivo do dia é:
Alertar aos humanos para as questões ambientais;
 Capacitar as pessoas a se tornarem agentes ativos do desenvolvimento sustentável e equitativo; Promover a compreensão de que as comunidades são fundamentais para a mudança de atitudes em relação às questões ambientais; Criar parceria que irá garantir todas as nações e povos desfrutem de um futuro mais seguro e próspero. O anfitrião do Dia Mundial do Meio Ambiente 2012 é a República Federativa do Brasil. O tema é Economia Verde: Será que inclui você? UNEP define uma Economia Verde como "aquele que resulta em capital humano melhoria do bem-estar e social, reduzindo significativamente os riscos ambientais e a  escassez ecológica." Praticamente falando, uma Economia Verde é aquele cujo crescimento da renda e do emprego é impulsionado por investimentos públicos e privados que reduzam as emissões de carbono e de poluição, melhorar a eficiência energética e de recursos e evitar a perda de bio diversidade e serviços ecossistémicos. Esses investimentos precisam ser catalisada e apoiado por alvo da despesa pública reformas, mudanças políticas e de regulação. Mas o que tudo isso significa para você? Bem, se a Economia Verde é de cerca de equidade social e inclusão, em seguida, tecnicamente, é tudo sobre você! A questão, portanto, pede-lhe para saber mais sobre a Economia Verde e avaliar se, no seu país, você está sendo incluído nele.
    Dia Mundial do Ambiente 2012 marca o 40 º aniversário do evento que foi criado pela Assembléia Geral da ONU em 1972 para marcar a abertura da Conferência de Estocolmo sobre o Ambiente Humano. Descubra como você pode se envolver e registrar sua atividade.


Comemore este dia plantando uma árvore










Dicas de preservação:


1. Preserve a vegetação nativa. Não desmate! Não coloque fogo!
2. Não corte, nem pode árvores sem autorização. Poda drástica é PROIBIDA!!
3. Não altere cursos d’água ou banhados, eles são protegidos por lei. Poços artesianos somente com autorização.
4. Não crie peixes sem licença. Nunca solte peixes nos rios, mesmo quando estiver bem intencionado.
5. Respeite os períodos de proibição da pesca.
6. Não compre, nem tenha animais silvestre em casa.
7. Não maltrate animais silvestres ou domésticos.
8. Separe o lixo em casa e no trabalho, e coloque na rua no dia da coleta seletiva em seu bairro.
9. Não jogue lixo no chão. Carregue-o até a lixeira mais próxima. Ensine às crianças dando exemplo.
10. Recicle ou reaproveite tudo o que puder.
11. Reduza o consumo, especialmente do que não puder ser reaproveitando ou reciclado.
12. Mantenha seu veículo regulado e ande mais a pé.
13. Não contribua com a poluição sonora e/ou visual.
14. Use menos veneno em sua lavoura ou horta.
15. Não jogue óleos lubrificantes na sua rede de esgoto.
16. Não desperdice água. esse é um dos recursos mais importantes e frágeis do planeta: feche torneiras, conserte vazamentos, não use mangueiras para para lavar calçadas, aproveite água de chuva.
17. Não desperdice energia elétrica: desligue aparelhos, verifique sobrecargas, apague as luzes.
18. Ensine às crianças amor e respeito pela natureza.
19. Cuide da higiene e da sua saúde!
20. Evite jogar materiais não degradáveis (plásticos ou outros) no ambiente.


Vamos fazer a nossa parte! A Natureza agradece!